segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Mas que abuso!



“Ainda me lembro quando íamos de bicicleta para a Marinha Grande com o Vareta, o Canhão e o Varojo que era irmão da gaja que fazia rissóis, a coxa. Lembras-te ó Quim?”.

Foi preciso o primeiro furo na minha bicicleta, ainda em Leiria, para podermos ouvir as deliciosas histórias do Sr. Adelino. Desde a infância pobre, ainda nos anos trinta – “na altura da fome”, em que ia para a escola descalço e fumava mata-ratos “para aquecer os pés”, à juventude irrequieta marcada pelos desamores com a Nelinha, filha de homem rico (que vendia bois, batata e feijão nos mercados) e menosprezou a sua dignidade apenas por ser pobre, até aos sete tiros cravados recentemente nas paredes sujas da garagem, “por um gajo que me acusou de lhe meter os cornos!”

"E era verdade Sr. Adelino?"

“Claro que sim! A ele e muitos mais!”

Há furos que vêm por bem, foi o pensamento do dia.

Ao segundo furo, à saída da casa da Dina das Dunas, sacámos uma interessante lição de mecânica ao Alexandre, ciclista experiente e engenheiro mecânico. Pensamento positivo! Mas já outro? Começa a ser estranho.

O recorde de Lisboa - Dacar foi igualado em Aveiro! Acordámos ressacados de manhã, com o pneu vazio. E um recado de revolta nas bicicletas, que por sinal tínhamos deixado encavalitadas a tapar uma tampa de electricidade no prédio… vingança ou pura coincidência? E porque não a do Jorge, para variar? Mas que abuso!

Chegámos a Lamego e o pneu (agora o de trás) está em baixo. Enche-se e passado um km… rebenta com estrondo! Se fosse numa descida ia de certeza ao chão. Que sorte! Sorte? Pela primeira vez tenho vontade de torcer uma bicicleta. Mikelina volta, não gosto desta!

Mais uns km e mesmo em frente a um mecânico, outro rebentamento…

“Talvez um vidrito, que o pneu está rasgado de lado!” – explica o senhor.

No dia seguinte o sexto furo! De Lisboa a Pinhão, os mesmos que as bravas Mikelina e Penélope, juntas, até Dacar! Nossa Senhora da Estrela, onde andas? Um mecânico com olhos atentos mostra-me um micro filamento de aço, do tamanho de um pêlo, que andava a fazer estes furos todos no pneu da frente… Diz ele… Será?

Já igualei, sozinho, o recorde de furos que ambos tivemos no ano passado. Será que ainda vou (ou vamos) ultrapassar os seis furos da Penélope e da Mikelina?

by Carlos

7 comentários:

Anónimo disse...

Rapazes!
A minhas devotas primas da casa da Eira, (não sei se se lembram, mas rezaram por vocês o seu infalível responso a Santo António durante a viagem e apreceu logo o Sr. António de Tarfaya que vos caíu do céu)...
Pois as senhoras diriam que isso são invejas porque agora já são famosos e até na "Nova Gente" apareceram em grande destaque.
Por exemplo, quando perguntam às minhas primas como estão, mesmo que tudo corra de feição, elas respondem "Cá vamos assim-assim".
Um dia perguntei-lhes porque respondiam isso.
"Primo, não podemos dizer que estamos muito bem para não atrair as invejas".
Claro que estou meio a brincar, mas pelo sim pelo não, já lhes encomendeiem vossa intenção.
uma ladaínha, contra as invejas
A partir de agora não têm nada a temer e penso que os furos vão acabar.
Abraços

Anónimo disse...

Eu não acredito em bruxas mas que "las hay, las hay"

Anónimo disse...

Tão onde? Em Braga? A apresentação no Porto sempre é no sábado?

Anónimo disse...

bons furos, tb para isso é preciso ter pinta...

boa apresentação esta noite em Braga e até à volta

PS: estamos a adorar o livro e a espera da nova aventura.

bjs e abc

tiago disse...

É uma e tal da manhã e eu ainda estou a trabalhar!..quem me dera estar enfiado numa tenda dentro de um saco cama, num bocado de terra qualquer,com um pneu de bicicleta encostado à cara!!!....

Eu sou dos que contribuo para a inveja que se faz sentir sobre vocês e vos causa furos e explosões de borracha!!!

Bons sonhos pessoal!!

Anónimo disse...

magia é so terem 6 furos até Dacar! Isso é que é um abuso :)

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